"Nós, os monarcas, somos incontestavelmente constantes em um mundo em constante transformação. Pelo motivo de termos estado sempre aqui, mas também por não nos envolvermos na política cotidiana. Estamos informados das mudanças políticas que acontecem em nossas sociedades, mas não fazemos comentários sobre isso. É nisso que assumimos uma posição única. Nenhum dos outros monarcas europeus interfere na política."

Margarethe II, Rainha da Dinamarca

domingo, 26 de agosto de 2012

Por que monarquistas?



Podem existir inúmeras razões para alguém se declarar um adepto da causa monarquista. Você pode ser um saudosista, do tipo que acredita que o passado foi melhor! Você pode ser um adepto do luxo, do “glamour” que cerca a realeza! Talvez, você apenas reconheça que a forma republicana presidencialista fracassou!
                Poderíamos enunciar toda uma serie de razões, mas vou deixar aqui explicitadas aquelas em que acredito.
               
A monarquia me parece melhor, pois:

                a monarquia confere estabilidade politica e torna cada transição de governo algo menos traumático para o país e para a governabilidade. Ou seja, pouco importa quem é ou será o primeiro ministro, sabemos que o monarca estará lá;

                o monarca é alguém que podemos preparar para o exercício do posto, mas no presidencialismo um aventureiro pode tomar o poder e destruir anos de esforço e de trabalho;

                o monarca representa a nação, os valores que deram origem e que sustentam nossa identidade cultural. Assim, um primeiro ministro pode ser ateu, mas seu partido não terá o direito de impor seu ateísmo a uma nação que não adota estes valores. O monarca estará presente para barrar e exigir politicas que representem os valores constitutivos da pátria.

- o monarca é o elo entre o passado e o futuro, desta forma, ele vela pela memória nacional, pela preservação dos valores básicos nacionais e pesa suas decisões de maneira a estruturar os eventos futuros em função da herança histórica e espiritual de que é o guardião. Assim, é preciso avançar, mas sem sacrificar a essência espiritual e moral sem as quais não podemos nos considerar uma nação;
- o monarca e sua família devem dar o exemplo, devem encarnar o que entendemos por brasilidade. São eles os depositários dos nossos valores, sonhos e esperanças e devem representar nosso país em todas as ocasiões importantes. Os governos passam, mas nossa nação terá sempre um representante nos fóruns internacionais.

- a monarquia confere unidade à nação, nos dota de um projeto comum, e é função do monarca velar pelo cumprimento dos projetos fundamentais para o desenvolvimento nacional.

Você poderia argumentar que um presidente pode encarnar estas qualidades e exercer estas funções. Verdade, mas pode ser o inverso! Além disso, mesmo que fosse um bom presidente, não poderia ficar mais que oito anos! Também é fato que cada novo presidente é uma caixa de surpresas. Nunca sabemos exatamente como e o que vai fazer, se vai ou não cumprir suas promessas. Você elege um presidente e no dia seguinte ele confisca as economias de todo mundo! O sujeito faz uma revolução para acabar com a “ditadura” e fica no poder 40 anos (vide Cuba)!

Um monarca é alguém que vai ser preparado, que cumprirá uma função diferente da dos políticos tradicionais. Sua função é a de exercer um poder de equilíbrio e moderação!

Um monarca pode falhar, pode e terá pontos falhos, mas é certo que um indivíduo bem preparado pode ser mais útil ao país que um aventureiro vindo de não importa onde. Vimos recentemente um humorista semianalfabetoser eleito deputado. Nada contra que pessoasde diferentes meios venham compor os quadros legislativos. Na verdade, isto é até mesmo o ideal! Mas imaginemos que ele tivesse sido mais ousado e lançasse sua candidatura a Presidência da República! E se fosse eleito? Este homem falaria por todos nós, representaria nosso país no mundo e sabemos que “boas intenções” não bastam para o exercício do poder, e preciso estar preparado!

Você poderia dizer que tivemos um presidente vindo do meio trabalhador, um sindicalista e que ele foi um “sucesso” nacional e internacional. Foi mesmo? Quando falamos acima sobre preservar os valores nacionais e os fundamentos morais da nação será que ele passaria no teste? Não creio! Ele e seu partido representam ideias e valores que não são necessariamente os valores “brasileiros”, mas sob o manto de uma economia que está melhor que as anteriores, você pode fazer passar muita coisa que as pessoas nem notam. O Brasil é um país cristão, mas não é isto que este partido e este presidente defenderam e defendem.

Se tivéssemos um monarca exercendo um poder moderador, poderíamos ter uma possibilidade de controle e alguém que falasse realmente pela maioria. Um partido pode comprar os deputados e o apoio necessários à aprovação de leis que não representam necessariamente a vontade dos eleitores. Se tivermos um monarca exercendo um poder moderador, ele poderia e deveria impedir que isto se desse.

Precisamos de alguém que diga “não”, pois os políticos sempre dizem “sim”.

É preciso fazer algo para impedir que continuemos jogando esta loteria perigosa a cada quatro anos. O Brasil precisa repensar seriamente seu sistema politico. A ilusão de que fazemos escolhas não passa mesmo de uma ilusão. Grupos econômicos ou ideológicos podem chegar ao poder, aparelhar o estado e raptar toda a nação, podem fazer estragos irreparáveis e um dia desaparecem deixando um rastro de destruição.

É preciso que tenhamos estabilidade, alguém que responda pela nação, mas que não participe desta “loteria”, alguém que esteja a postos quando a nação exigir medidas que possam garantir a estabilidade nacional, a continuidade de projetos relevantes e que possa, sobretudo, “puxar as orelhas” de aventureiros ou políticos irresponsáveis que coloquem em risco a segurança e o bem estar do povo! Acredito que uma monarquia com papel moderador faria muito bem ao Brasil e nos daria um futuro menos traumático e acidentado e, talvez, a possibilidade de sermos realmente uma nação verdadeiramente democrática e cristã!

Colaborador da Causa Imperial, Cesar S Santos

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