"Nós, os monarcas, somos incontestavelmente constantes em um mundo em constante transformação. Pelo motivo de termos estado sempre aqui, mas também por não nos envolvermos na política cotidiana. Estamos informados das mudanças políticas que acontecem em nossas sociedades, mas não fazemos comentários sobre isso. É nisso que assumimos uma posição única. Nenhum dos outros monarcas europeus interfere na política."

Margarethe II, Rainha da Dinamarca

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Ordem e Progresso


8 de abril de 2011
Autor: José Celso De Macedo Soares
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A nossa bandeira traz escrita parte do lema positivista “O amor por principio, a ordem por base e o progresso por fim.” A doutrina filosófica positivista, foi fundada pelo filosofo francês Augusto Comte (1790-1858) e teve no Brasil inúmeros seguidores, destacando-se Miguel Lemos, Teixeira Mendes e Benjamim Constant, um dos fundadores da República. Pregava esta doutrina, entre outras ideias, o estabelecimento para  governar um pais da “ditadura esclarecida” isto é, governos fortes, doutrina com a qual não concordo.
Vamos apenas discutir se, no nosso país, houve ordem e progresso desde a implantação da República, focalizando, primeiro, o funcionamento da democracia. As revoluções de 1893, 1922, 1924, 1930, 1937 e 1964 mostram claramente que nossa ordem democrática foi várias vezes perturbada. Getulio Vargas, seguidor de Julio de Castilhos político gaúcho adepto do positivismo, em 1937, decretou o “Estado Novo”, implantando a ditadura por 8 anos. Em 1964, outra quebra da ordem democrática. Felizmente desde 1985, o país desfruta de tranqüilidade democrática, mostrando sua maturidade, contrastando com alguns vizinhos sul-americanos. Acredito que a democracia está consolidada no Brasil para beneficio dos brasileiros. Precisamos apenas melhorar nosso comportamento quanto às posturas públicas, respeito à higiene e ao direito de outros cidadãos, como se viu recentemente no desfile de blocos no Rio de Janeiro que, interditaram ruas, proibindo até a saída de moradores de suas residências. Mas, isto é fruto de má educação e governos interessados em adular a massa populacional para obter seus votos.
Vamos agora à questão do progresso. Apesar das grandes dificuldades nos campos da infraestrutura, educação, saúde e a infernal burocracia governamental, para só mencionar os principais itens, temos tido grande progresso, principalmente no campo econômico .Em artigo anterior, com o título “Brasil, país do presente”, mostrei os grandes avanços que fizemos no agronegócio e, também colocando-nos na vanguarda mundial, no setor aeronáutico com a Embraer e, vários outros ramos de negócios. Nossa sociedade se adapta bem aos novos tempos, sendo notável o progresso da mulher brasileira,disputando com os homens a liderança nos vários campos de atividade.
Infelizmente, no campo político nossa representação deixa muito a desejar, com a proliferação de partidos, péssima legislação eleitoral, entre outros fatores. Por isto fico com Alexander Bush, jornalista alemão residente no Brasil: “Se fosse possível definir um ranking para avaliar a dinâmica brasileira em seus três grandes aspectos – economia, política  e sociedade – eu diria que a economia ocupa o primeiro lugar. Em segundo vem a  sociedade que se adapta razoavelmente depressa às novas realidades. E, em último lugar, eu colocaria a política que, reage devagar às mudanças”
Pelo que se verifica, não anda mal o Brasil quanto ao lema de sua bandeira “Ordem e Progresso”.

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