"Nós, os monarcas, somos incontestavelmente constantes em um mundo em constante transformação. Pelo motivo de termos estado sempre aqui, mas também por não nos envolvermos na política cotidiana. Estamos informados das mudanças políticas que acontecem em nossas sociedades, mas não fazemos comentários sobre isso. É nisso que assumimos uma posição única. Nenhum dos outros monarcas europeus interfere na política."

Margarethe II, Rainha da Dinamarca

domingo, 29 de maio de 2011

Pouco se faz contra a corrupção



Informa a Transparência Internacional: não houve avanços, ano passado, na luta contra a corrupção transnacional. 


O relatório 2011 da organização mostra que a aplicação da convenção da OCDE sobre o problema ficou estagnada e adverte para o risco de perda nos avanços conseguidos até então. A convenção vigora há sete anos e essa foi a primeira vez sem algum avanço. 


Dela fazem parte 33 dos 37 países da OCDE, mais Brasil, África do Sul, Argentina e Bulgária. O Brasil, com um caso resolvido e oito investigações em curso, aparece na lista dos países onde o assunto está quase relegado ao esquecimento.

Huguette Labelle, presidente da TI, segundo nota em seu site, vai à reunião da OCDE esta semana em Paris, para pedir aos ministros participantes mais medidas efetivas para o cumprimento da convenção, que visa erradicar a corrupção transnacional. 



Segundo dados do Banco Mundial, mencionados no site, o custo anual da corrupção é de US$ 1 tri, dos quais de US$ 20 bi a US$ 40 bi são pagos a funcionários públicos em países em desenvolvimento e emergentes. Na média, a corrupção encarece em até 25% as compras de governos.

Não mais que 7 dos 37 países membros estão efetivamente seguindo o combinado, 9 estão cumprindo mediamente e em 21 nada foi efetivamente feito. Segundo a OCDE, apenas 5 países signatários aplicaram, ano passado, algum tipo de penalidade a pessoas ou grupos acusados de corrupção.

Para a TI, os países onde a convenção tem sido mais atendida são Alemanha, Dinamarca (135 casos resolvidos e 22 investigações em curso) , EUA (227 e 106), Itália, Noruega, Reino Unido e Suíça. A convenção é medianamente atendida na Argentina, Bélgica, Coreia do Sul, Espanha, Finlândia, França, Japão, Países Baixos e Suécia.

A situação é pior no Brasil, África do Sul, Austrália, Áustria, Bulgária, Canadá, Chile, Estônia, Grécia, Hungria, Irlanda, Israel, Luxemburgo, México, Nova Zelândia, Polônia, Portugal, República Eslovaca, República Tcheca, Eslovênia e Turquia. Nestes países, considera-se que nada de efetivo foi feito, em 2010, visando restringir a corrupção transnacional.

Além dos países signatários, o estudo analisa a situação de outros - a Nigéria, por exemplo, onde se calcula que a corrupção representou propinas de US$ 1,7 bi, ano passado. 



Veja mais em  ANTI-BRIBERY PROGRESS: INDEFINITELY DELAYED?


Joelmir Beting 

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