"Nós, os monarcas, somos incontestavelmente constantes em um mundo em constante transformação. Pelo motivo de termos estado sempre aqui, mas também por não nos envolvermos na política cotidiana. Estamos informados das mudanças políticas que acontecem em nossas sociedades, mas não fazemos comentários sobre isso. É nisso que assumimos uma posição única. Nenhum dos outros monarcas europeus interfere na política."

Margarethe II, Rainha da Dinamarca

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Ser Monarquista - por quê ???

por: Sebastião Fabiano Pinto Marques

Monarquia: porque ela funciona melhor especialmente no Brasil onde impera a “Lei de Gérson”.


A restauração monárquica é mais vantajosa para o Brasil e não se fundamenta nos falsos motivos que os políticos republicanos alegam, por exemplo:


a) “O bem de todos”;

b) “A democracia”;

c) “Desenvolvimento econômico”;

d) “Políticas sociais”

E por aí vai todo aquele bla, bla, bla que todos estão enfarados de escutar sempre que há eleições ou quando os políticos estão no palanque. Por mais que isso seja verdade quando o assunto é monarquia, defendê-la com esses argumentos é insuficiente. A monarquia tem motivos mais sólidos, mais sinceros, mais reais em todos os sentidos.


Por exemplo: a supremacia do interesse pessoal, o grande problema das repúblicas; torna-se fator importante no combate à corrupção e na fiscalização do bem público nas monarquias. Isso o povo entende: ninguém rouba ou permite roubar de si mesmo. Ninguém age contra o interesse próprio, enfim: todos querem vantagem. E sempre digo: é mais fácil aproveitar uma característica já enraizada na população do que sonhar em “conscientizar a todos” para que seja diferente. O bom estrategista administrador aproveita as enormes cachoeiras para produzir energia elétrica; já o sonhador, fica esperando que um dia a água pare de cair para parar de bater no chão com violência… Temos que aprender que não dá para lutar contra a natureza. Ou aproveitamos o lado bom dela, ou fatalmente teremos que nadar contra a corrente e aí a derrota é certa.


Os portugueses dominaram o mundo no séc. XVI porque souberam aproveitar a força dos ventos e o conhecimento dos templários proscritos do restante da Europa. Os que se queixaram dos ventos ou tentaram lutar contra a religião da época, perderam a chance de conquistar novas terras. Sempre foi assim. Só vence quem sabe aproveitar a força que domina o tempo. Atualmente, Portugal é uma nação sem expressividade na Europa porque se deixou seduzir pelo falso ideal republicano. Mário Saraiva, escritor português, explicou o porquê a monarquia é melhor que a república na obra Razões Reais, mas não mencionou o que creio ser o principal motivo: a vantagem pessoal.


A vantagem pessoal é uma dessas leis que todos seguem no Brasil. Muitas vezes, ela é praticada na sua forma mais destrutiva apelidada erroneamente como “Lei de Gérson”. E isso é geral em toda sociedade, por exemplo: o fura-fila; o aluno que cola; o cidadão que suborna o policial; quem pirateia CD de música, filmes e programas de computador; o espertalhão que compra “made in china” porque é mais “barato”; o funcionário que furta materiais da empresa na qual trabalha; o político que furta o dinheiro público para se manter no jogo; o sacerdote que engana seus fiéis para se manter no poder; o marido que trai a mulher e vice-versa, etc. Querer levar vantagem é lei geral e todos creem ter excelentes motivos para justificar os abusos cometidos sob a égide dessa lei…


Por exemplo, durante a leitura deste artigo, será difícil encontrar alguém que esteja usando computador com software original devidamente licenciado ou de uso livre. A maioria usa software pir@t@ sem nenhum remorso de consciência. Para variar, os infratores acreditam ter excelentes motivos para cometer tal crime.


A Ética é importante? Lógico que sim. Aristóteles escreveu a “Ética à Nicômaco”. Livro excelente que recomendo a todos. Mas, querer que as pessoas em geral sejam éticas e, simultaneamente, deixem de “levar vantagem” não é para todos. É só para algumas almas raras. A Graça pela Graça, como dizia Santo Agostinho, é só para os Santos.


Admitindo a lei da vantagem pessoal como condição humana, pelo menos aqui no Brasil, as vantagens da monarquia ficam evidentes quando a comparamos com a república:


O rei não ganha nada com corrupção, pelo contrário, perde. Não só perde dinheiro, como perde poder. E esses fatores são poderosos motivos para que o monarca se disponha a combater pessoalmente a corrupção. Já na república, dá-se o inverso. A corrupção é a fonte financiadora das riquezas pessoais e das eleições políticas. Pedir ao político republicano que a combata, é pedi-lo para não se enriquecer e não viabilizar suas próximas eleições, nem a de seus amiguinhos. Isso sim é utopia.


Numa monarquia, os projetos de longo prazo tem mais probabilidades de serem feitos pelo mesmo motivo. É interesse pessoal do monarca que sua dinastia fique no poder. E, claro, como o “dinheiro é dele”, ele pensa duas vezes para fazer bons investimentos. Já na república, para quê acabar obras e deixar a casa em ordem para o partido inimigo? Planejamento em longo prazo na república. Isso sim é utopia. Motivo: falta de interesse pessoal…


Mesmo nas monarquias onde o rei é só para decorar o país, a força do monarca é expressiva. Pois ele cobra isso dos parlamentares e dos ministros responsáveis porque é a “cabeça dele” que está em jogo. Mais uma vez, o interesse pessoal – considerado um “demônio” por muitos, é o que torna o rei muito mais responsável, previdente e estrategista do que qualquer “boa intenção” republicana.


E se levarmos em consideração que a miséria, a doença e a ignorância popular não fazem reis poderosos, começaremos a entender porque os monarcas têm interesse pessoal em combater essas coisas. Já os políticos republicanos ganham dinheiro com elas: miséria é ótimo para comprar votos em períodos de eleição. Miséria é ótimo para comprar votos com bolsa-família. Burrice e ignorância são as melhores armas para manter o povo “domesticado” para votar nos candidatos que aparecerem mais “bonitinhos” na televisão. Tem mais: não há “oportunidade” melhor de fraudar obras públicas do que em mega obras de construções. Felizmente, muitas delas são feitas pela metade já com o intuito maquiavélico de garantir um bom motivo para desviar mais verbas para elas posteriormente…


E os impostos então? O que o monarca ganha com um sistema tributário tão avacalhado e complexo como o nosso? Nada. Pelo contrário, ele perde porque o rei sabe que os empresários ficam travados e pouco competitivos. Em longo prazo isso prejudica a economia e, lógico, o bolso do rei, parte mais sensível dos seres humanos em geral. Já na república, o importante é o agora. Então, não interessa pensar no futuro de ninguém; nem dos empresários, nem do país. Sem contar que é justamente a complexidade tributária que favorece algumas empresas a sempre ganharem as super fraudadas licitações governamentais… Mais uma vez, para que o político republicano irá combater o que o enriquece? Isso sim é utopia.


Só as obras do PAN, foram superfaturadas em 1500%. Viva a república!


Ainda temos um problema muito mais sério: Sobrevivência da espécie humana. Ela está ameaçada gravemente por falta de condições ambientais favoráveis no futuro:

a) falta de água;

b) excesso de poluição;

c) nível do mar;

d) camada de ozônio;

e) clima.


Para não citar todos. O combate desses problemas exige políticas de longo prazo que jamais serão feitas no Brasil república por absoluta falta de interesse pessoal. O Congresso Nacional está repleto de deputados que são proprietários de fazendas de soja e boi, sem contar, as madeireiras. Utopia é querer que eles deixem de destruir nosso futuro para deixar de se enriquecerem… E, infelizmente, a solução desse problema não pode esperar mais 120 anos. Ou agimos agora ou nossos descendentes morrerão e, inclusive, toda cultura humana neste planeta.


Portanto, em minha opinião, a monarquia funciona melhor no Brasil por causa da tendência do brasileiro de querer levar vantagem em tudo. Esse argumento não apela para “sentimentos elevados”, nem para utopias do tipo “conscientizar a todos”. Baseio-me em algo simples que as pessoas entendem: o interesse pessoal, o “próprio umbigo” como diz o povo. E tenho observado que quando os empresários e o povo começam a perceber que não é só o rei que ganha com a monarquia, mas eles mesmos; logicamente eles começam a gostar da ideia. Por quê? Mais uma vez, todos querem levar vantagem.


Seja para o bem ou para o mal, a última coisa que as pessoas pensam é nos outros, e, por consequência, no “bem de todos” e no “bem da nação”. Palavras que os políticos republicanos adoram pôr nos belos discursos que fazem. Entretanto, só conversa e “boas intenções” não garantem serviços públicos de qualidade, nem ordem social, nem Justiça. Para provar isso, basta andar na rua e olhar ao redor. Falta saúde, falta educação, falta segurança, falta Justiça ao mesmo tempo que sobra canalhice e falta de ética.


Por isso, prefiro a monarquia na qual o interesse pessoal do rei produz mais resultados sociais positivos.


Fica aí uma reflexão.


Aos defensores da república faço um desafio. Expliquem como a república pode funcionar no Brasil sem apelar para utopias do tipo “sacrificar-se em prol da nação”, “conscientizar a todos”, “realizar o bem de todos” e etc. Coisas que já estamos cansados de saber que contrariam a natureza de nossa cultura e, consequentemente, não funcionam na prática por aqui.


2 comentários:

  1. Ficou bonito o site. E fico feliz de ver que há pessoas empenhadas na Causa Monárquica.
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    No entanto, em relação a este texto, informo que eu sou o autor. A versão original está em http://delrei.wordpress.com/2008/12/08/veja-o-porque-defender-a-monarquia-no-brasil/
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    Parabéns pelo Blog!
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    Sebastião Fabiano Pinto Marques
    São João del-Rei, MG
    http://delrei.wordpress.com

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